Atividade antiviral in-vitro dos extratos da própolis vermelha e Monostroma hariotii sobre o parvovírus canino tipo 2
 

Autor(es): Larissa Giotti , co-orientador: André Streck co-autores: Aline Fávero, Weslei Santana, Suelen Paesi, Simone Silveira ,
Orientador: Mariana Roesch Ely
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Atividade antiviral da própolis vermelha e Monostroma hariotti sobre CPV-2
A parvovirose canina é a enterite viral mais prevalente na pediatria de cães, e apesar de ser prevenida com protocolos de vacinação, ainda é diagnosticada rotineiramente nos consultórios e hospitais veterinários. Apesar de sua descoberta datar os anos de 1970, até hoje, é tratada terapeuticamente pelos sintomas, não existindo antivirais específicos. Mesmo com os avanços no campo médico, a virose leva a morte 70% dos pacientes acometidos. A busca por fármacos antivirais, principalmente no ultimo ano, destacou-se pelos avanços da COVID-19. Este trabalho avaliou a atividade antiviral in-vitro, dos extratos etanoicos da própolis vermelha (PV) e da alga Monostroma hariotii (MH) contra o parvovírus canino tipo 2. Os extratos dos compostos utilizados foram obtidos através de uma extração etanoica, obtida através de conteúdo macerado/moído com adição de etanol. O ensaio de MTT foi realizado na linhagem celular (CRFK) para a determinação do IC50 (PV=89ug/mL, MH= 42ug/mL). A partir deste dado, três ensaios antivirais (pré-tratamento, adsorção e virucida), foram realizados utilizando as concentrações dos extratos que variaram entre 10 ug/mL a 90 ug/mL em placas de 96 poços cultivadas com CRFK na concentração 2x105, e o efeito citopático (CPE) do vírus foi observado nas 72 horas. O número de cópias (NC) foi determinado através de uma q-PCR real time, e a atividade antiviral foi determinada quando reduzido o número de cópias de DNA viral. Todas as concentrações estudadas neste trabalho reduziram o NC, observando-se um efeito dose x resposta. A redução do NC foi observada em todos os tratamentos com destaque as concentrações próximas ao IC50. As maiores reduções foram vistas para a PV e MH no tratamento de adsorção, que reduziu em mais de 1,24x1011 cópias de DNA viral nos poços estudados mostrando que estes compostos exercem atividade antiviral, podendo contribuir para futuras investigações.

Palavras-chave: Monostroma, Própolis vermelha, atividade antiviral