Caracterização preliminar das vinícolas situadas no município de Flores da Cunha-RS para auxiliar na metodologia de Inventário de Ciclo de Vida
Autor(es): Morgana Vigolo , Bianca Breda e Naiara Dal Molin,
Orientador: Vânia Elisabete Schneider
Quantidade de visulizações: 900
No setor vitivinícola, desde o plantio de vinhedos até o descarte da garrafa vazia é exigido o fornecimento de materiais, energia, bem como há emissões de gases de efeito estufa e geração de resíduos, que se descartados de forma inadequada acarretam na contaminação do solo, água e ar. Uma forma de minimizar os impactos causados por esse setor é planejar ações de melhorias a partir de informações sobre o ciclo de vida do produto, na qual a principal ferramenta é a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). O Inventário do Ciclo de Vida (ICV) é a etapa mais importante do estudo de ACV, uma vez que compreende a atividade de coleta e interpretação de dados para quantificar os fluxos de massas e energia dos processos e serviços relacionados ao produto. Levando em consideração que a Serra Gaúcha é a região mais tradicional de uva e vinho do país, onde Flores da Cunha é um dos municípios que mais colaboram para esta reputação, o objetivo deste estudo é caracterizar preliminarmente as vinícolas florenses para auxiliar na metodologia do inventário da cadeia vitivinícola na Serra Gaúcha, o qual está sendo elaborado pela Universidade de Caxias do Sul. Para tanto, buscou-se pelas licenças de operação de cada uma das 127 vinícola estabelecidas no município — listadas pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural — e, coletou-se dados referente à área útil, produto e capacidade máxima de produção. Não foram localizas as licenças ambientais de 37 empreendimentos. Verificou-se, que 24 são caracterizados como porte mínimo, 35 como porte pequeno, 15 como porte médio, 5 como porte grande e, somente 1 possui porte excepcional. Além desses, 10 empreendimentos se enquadram em não incidente de licenciamento ambiental, devido ao porte. Quanto aos produtos, das 90 vinícolas analisadas, somente 3 não elaboram vinho, visto que uma adquire o produto finalizado à granel e realiza somente o processo de engarrafamento, enquanto outras duas elaboram somente suco de uva. Foi constatado, que além da elaboração de vinho 7 empreendimentos também produzem espumante e/ou suco de uva. Sendo assim, o município em questão possui capacidade de elaborar anualmente cerca de 217.861.235 L de vinho, 2.081.803 L de espumante e 45.494.568 L de suco de uva. É notório como o mercado da uva e vinho no município impulsiona a economia na região, tornando ainda mais importante mapear todos os processos e serviços que integram a cadeia vitivinicultura para melhorar a gestão do processo e, consequentemente auxiliar na mitigação dos impactos ambientais e no desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave: Avaliação do ciclo de vida , Vitivinicultura , Desenvolvimento sustentável