AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DE PLANTAS COMESTÍVEIS NÃO CONVENCIONAIS (PANCs) SOBRE O MICROCRUSTÁCEO Artemia salina

Autor(es): Paola Dutra da Rosa , Mirian Salvador,
Orientador: Joséli Schwambach
Quantidade de visulizações: 722

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DE PANCs SOBRE O MICROCRUSTÁCEO Artemia salina
Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) são todas as espécies com estruturas comestíveis, porém, incipientemente utilizadas. Por esse motivo, há lacunas de informações sobre compostos bioativos que as compõem. Eles exercem um papel importante na saúde humana e o estudo sobre o comportamento do seu conteúdo nos vegetais colabora para o interesse das indústrias farmacêuticas e alimentícias. O teste de toxicidade utilizando Artemia salina é um dos ensaios biológicos mais utilizados para a avaliação preliminar de toxicidade. O microcrustáceo possui alto potencial para avaliação de atividades biológicas, sendo muito útil a utilização deste bioensaio, na busca de substâncias bioativas. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a toxicidade dos extratos de plantas comestíveis não convencionais (PANCs) sobre a espécie de microcrustáceo Artemia salina. O material vegetal das PANCs Araçarana, Goiaba Serrana, Guabiju, Guamirim, Maracujá, Leandra, Joá-Solanum e Psidium será coletado na Serra Gaúcha. Serão realizadas extrações com os solventes aquosos quente (infusão) e frio (maceração). Em seguida, as frações líquidas serão isoladas do solvente por liofilização, para a obtenção de extratos brutos secos, permitindo o cálculo do rendimento da extração por meio da pesagem desses. Para a avaliação da toxicidade frente a A. salina, 1 g de ovos do microcrustáceo serão adicionados a uma solução artificial de água do mar, serão expostos à luz artificial, aeração, pH 7-9 e temperatura de 25-30ºC durante 48 horas para a eclosão dos ovos. O ensaio de toxicidade será realizado utilizando placas de 24 poços preenchidos com 1 ml dos extratos nas concentrações de 1000, 100, 10 e 1 µg/mL. A cada poço contendo o extrato evaporado, será adicionado 900 µL de solução artificial de água do mar e transferidos 10-15 náuplios contidos em 100 µL da solução inicial de água do mar. O controle será realizado nas mesmas condições, sem a presença dos extratos. As placas tampadas serão mantidas sob luz artificial e temperatura de 25-30ºC por 24 horas, quando então será realizada a contagem dos sobreviventes do grupo controle e dos grupos expostos aos extratos, sendo determinado o percentual de morte do grupo teste e controle através de percentagem simples. Desta forma, esperamos determinar a possível toxicidade dos extratos destas plantas, para posteriormente buscar os bioativos envolvidos.

Palavras-chave: Bioativos, Extrato aquoso, Infusão, Maceração