ISOLAMENTO DE 23 AMOSTRAS DE PARVOVIRUS CANINO EM CÃES NA REGIÃO DA SERRA GAÚCHA E SUA COMPARAÇÃO COM PERFIS HEMATOLÓGICOS E CLÍNICOS

Autor(es): Larissa Giotti , André Streck, Aline Fávero, Wellington Vieira de Souza, Sabrina Bertolazzi, Michele Lencina, Weslei Santana,
Orientador: Mariana Roesch Ely
Quantidade de visulizações: 1428

ISOLAMENTO DE 23 AMOSTRAS DE PARVOVIRUS CANINO EM CÃES NA REGIÃO DA SERRA GAÚCHA
O parvovírus canino (CPV-2) é uma virose que acomete cães não vacinados de 2 a 4 meses de idade e está associado a locais com grande aglomeração de cães. Por ser altamente contagioso pode levar à morte, devido a complicações eletrolíticas e infecções secundárias. O CPV-2 possui tropismo por células com alta taxa de mitose como: as criptas intestinais e a medula óssea, sendo responsável por uma enterite hemorrágica aguda de odor fétido. O diagnóstico presuntivo na rotina clínica geralmente é feito pelo histórico, sinais clínicos e hemograma. Para diagnóstico definitivo pode –se utilizar de testes rápidos (ELIZA) ou a PCR em tempo real. Vinte e três amostras foram coletadas através de swabes retais de cães com histórico clínico de enterite hemorrágica e hematoêmese, positivos no Snap teste para CPV-2. Destes, 65,21% não eram vacinados e 34,79% não possuíam protocolo vacinal realizado por médicos veterinários. Após uma rigorosa anamnese, foram coletas amostras sanguíneas que foram submetidas a hemograma e o material enviado ao laboratório. Para o isolamento foram utilizadas células do epitélio renal felino (CRFK), cultivadas em meio DMEN, 10% SFB (soro fetal bovino) + 1%PS Utilizou-se de 100uL do inóculo para cada garrafa, e reservou-se até 72horas, observando a presença ou não de efeito citopático (EC). Após as 72 horas o conteúdo foi coletado e armazenado em tubos congelados à -80ºC para posteriores análises. Todos os inóculos foram confirmados por reação da cadeia da polimerase (PCR). Das 23 amostras avaliadas, 4 não demonstraram EC. Todos os animais deste estudo possuíam histórico de diarreia sanguinolenta e vômito com sangue; 15 (65,21%) não eram vacinados e 8 (34,79%) com protocolo vacinal realizado em balcão de agropecuária. Na observação da série vermelha do sangue, somente 1 (um) cão apresentou quadro de anemia arregenerativa. Na série branca, 14 animais (60,86 %) não apresentaram alterações. A Leucopenia estava presente em 26,08% dos animais. Apenas 13,06% apresentaram Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda. As amostras isoladas nesse estudo continuam em análises, sendo o sequenciamento deste material clínico em fase de processamento. Essa etapa será importante para a investigação de mutações que possam estar presentes nas cepas circulantes e poderão ser comparadas com as cepas vacinais que estão no mercado com objetivo de aferir a eficácia destas vacinas.

Palavras-chave: CPV-2; vacinas; enterite hemorrágica