SCREENING DA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE E CONTEÚDO POLIFENÓLICO EM PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANC) DA SERRA GAÚCHA

Autor(es): Valéria do Prado Gresczeschen , Luana Minello, Valdirene Camatti Sartori, Luciana Bavaresco Andrade Touguinha, Cláudia Flamia.,
Orientador: Mirian Salvador
Quantidade de visulizações: 802

SCREENING DA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE E CONTEÚDO POLIFENÓLICO EM PANC
As Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC), são espécies que não fazem parte do nosso cotidiano alimentar. Apesar de consumidas pelos nossos antepassados, estão sendo esquecidas e desvalorizadas. Diversas espécies de PANC exercem efeitos biológicos benéficos à saúde, pois possuem compostos fenólicos, capazes de reduzir o dano oxidativo celular, agindo como antioxidantes. Além disso, as PANC possuem grande importância ecológica e cultural, que visam a sociobiodiversidade alimentar. Sendo assim,o objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade antioxidante de 10 espécies de PANC coletadas na região da Serra Gaúcha: Bidens pilosa L. (sementes), Celosia cristata (sementes), Citharexylum solanaceum (frutos), Ilex theezans (frutos), Inga Sessilis (Vell.) Mart. (frutos), Leandra regnellii (frutos), Psidium cattleianum Sabine (frutos), Solanum americanum (frutos), Vitex megapotamica (Spreng) Moldenke (fruto inteiro), Zanthoxylum rhoifolium (frutos). Os extratos foram preparados com as plantas congeladas, 5% (p/v), solubilizados em água, fervidos a 100ºC por 15min, em sistema de refluxo. Posteriormente foram filtrados em bomba a vácuo. A atividade antioxidante foi mensurada através dos métodos de DPPH (2,2- difenil-1-picrilhidrazil) e ABTS+ (ácido 2,2´-azinobis-3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico). O teor de compostos fenólicos totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteau. Os resultados mostraram que a espécie V. megapotamica apresentou o maior teor de compostos fenólicos (260,38mg eq.AG/ml), seguida da B. pilosa (186,60mg eq. AG/ml). As plantas que apresentaram maior atividade antioxidante, mensurada pelo radical ABTS+, foram L.regnellii (96%), V. megapotamica (90%), B. pilosa (89%) e Z. rhoifolium (87%). Já para a atividade mensurada pelo radical DPPH, os melhores resultados foram para Z. rhoifolium (95%), I. theezans (88%), P. cattleyanum (81%), L. regnellii (77%) e B. pilosa (77%). Os resultados obtidos neste estudo sugerem que as PANC são boas fontes de compostos fenólicos e antioxidantes, podendo contribuir para a nutrição e saúde humana. Maiores estudos quanto a sua atividade biológica e toxicologia são necessários.

Palavras-chave: PANC, Polifenóis, Antioxidantes